quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Last post on the bugle: Frampton Vs. Smithson


Mesmo com a sua semelhança ao Ilot Insalubre de Le Corbusier, de 1937, Golden Lane era claramente uma crítica ao zoneamento das quatro funções da cidade em Habitação, Trabalho, Lazer e Transporte opondo a essas funções as já mencionadas escalas da Casa, Rua, Bairro, Cidade. Em Golden Lane, a casa é obviamente a unidade famíliar, à função de rua esta reservada às ruas elevadas, em um sistema de galerias unilaterais de largura generosa elevadas no ar - streets in the air - de modo compreensível e realista, o bairro e a cidade eram vistos como domínios variáveis que ficavam fora dos limites de definição física.
Contudo os críticos aponta que mesmo matendo-se contra a "cidade funcional" do pós-guerra, os Smithson se prenderam em uma racionalização comparavel à dos antigos membros do CIAM. Por mais que as ruas elevadas se propusessem ao papel de quintais, a casa no ar nunca teria quintais semelhantes aos de uma casa em East End. A rua agora distânciada do solo, não conseguia desempenhar o papel de acomodar a vida em comunidade, e fomentar as relações. Outro ponto crítico seria o carater unilateral da rua, que enfatizava uma função de caminho em detrimento da permanência, a presença de residêndias de ambos os lados de uma rua do suburbio é claramente responsável pela movimentação social na mesma.
Kenneth Frampton elabora sua crítica ao projeto partindo do ponto de que essas ruas seriam uma tentativa de criação de “lugares comuns” nas cidades elevados do solo, e conclui dizendo que tais lugares não teriam as condições necessárias para acomodar a vida em comunidade, nem mesmo fomentar um sentimento de identificação e lugar.



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